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Os chefes de empresas sabem escutar suas equipes?

Gestores ainda têm dificuldades para entender os pontos de vista dos colaboradores

Um dos principais obstáculos que as organizações precisam driblar nos dias de hoje são as falhas na comunicação entre gestores e subordinados.

Ainda que seja esperado de um líder o domínio das competências para comandar e orientar uma equipe, a capacidade de escutar com empatia ainda constuma ser raro no mundo corporativo.

A ausência desse diálogo tem sido indicada em diversas pesquisas recentes como uma das maiores razões para a ausência de motivação e baixa produtividade profissional.

Segundo a coach executiva Eva Hirsch Pontes, muitos gestores têm dificuldades de compreender as perspectivas e pontos de vista de seus colaboradores.

Para resolver essa situação, segundo ela, não basta aumentar o tempo de conversa: é preciso estar mais atento ao que as pessoas têm a dizer.

— Líderes não recebem apenas informações verbais. Por isso, ter sensibilidade em cada momento para perceber as diferentes maneiras que as pessoas se comunicam é um passo importante para ouvir com mais empatia.

Pesquisa recente elaborada com 1.200 profissionais de cargos de liderança e colaboradores mostra divergência de opinião entre gestores e subordinados quando o assunto é a atenção que o chefe oferece à equipe.

Enquanto 41% dos gestores afirmam que dedicam muita atenção ao funcionário, apenas 9% dos colaboradores concordam. Questionados sobre como se sentiriam caso o chefe dedicasse mais atenção, 43% dos subordinados afirmam que se sentiriam mais valorizados, 40% ficariam mais motivados e 35%, mais confiantes.

De acordo com Eva, a eficiência na comunicação está baseada em três pilares: reconhecimento, processamento e resposta. Ela explica que, além de atentar para o tom de voz, expressões corporais e sentimentos por trás de uma fala, um bom ouvinte se coloca no lugar do outro, processa toda a mensagem, identifica e reúne pontos importantes da conversa, assim como responde ao que lhe foi dito por meio de ações concretas.

— Essas atitudes são necessárias para que a experiência seja claramente importante para os dois, abrindo espaço para uma nova interação entre chefia e subordinado.

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