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Um dos mais sérios riscos para a saúde da empresa: o próprio empresário

Estamos assistindo muitas vezes que as decisões são tomadas de forma não adequada e somos obrigados a tentar achar um caminho para melhor adequar aquela decisão no conceito sistêmico da empresa

É impressionante a dificuldade de manter um programa de trabalho dentro do âmbito do planejamento. 

Acompanhamos diversas organizações em programas de consultoria, isso já leva alguns anos, e temos observado em muitos casos a grande dificuldade de manter o programa de trabalho sintonizado a um planejamento. Será deficiência cultural ou pura falta de disciplina? 

Será que minimizam o apoio profissional pelo qual estão pagando? 

Será por capricho pessoal? 

É difícil acompanhar o que os empreendedores adotam em suas gestões. Apresentam enorme dificuldade de levar em conta a consequência de forma sistêmica na empresa relacionada a cada tomada decisões. Depois, se corre atrás... 

Ora, isso dificulta enormemente o horizonte de abrangência do programa de apoio, que estuda, analisa, discute e propõe melhorias de gestão. Mas logo adiante verificamos que os empreendedores tomam um direcionamento em rumo diferente ou sem qualquer discussão que possa colocar o corpo técnico como parceiro das reflexões e análises das situações. 

Torna-se até um pouco estonteante tais situações. 

Estamos trabalhando em um sentido quando, sem menos esperarmos, os gestores apresentam uma situação nova, sem análise detalhada das consequências e adequações necessárias, e somos convidados a nos juntar ao processo de implementação. 

Ora, aí a Consultoria passa a agir como médico de pronto-socorro, com o que tem e com o que dá para fazer levando em conta as circunstâncias. 

É diferente tratarmos um paciente quando nos apoiamos em exames analíticos complementares e um bom acompanhamento daquele que chega ao pronto socorro com dor aguda. Nesse caso, ou trata como pode ou o paciente apresenta risco de sobrevivência. 

Estamos assistindo muitas vezes que as decisões são tomadas de forma não adequada e somos obrigados a tentar achar um caminho para melhor adequar aquela decisão no conceito sistêmico da empresa. 

Voltamos aqui ao velho tema que temos muitas vezes abordado em nossas reflexões. 

As nossas empresas sofrem muito com a indisciplina, a falta de paciência e até a ação por emoção. Vamos ter de aprender que ação de gestão tem de ser preparada para a sua implantação, exige um tempo de implantação e consequentemente, também, um tempo de maturação para obtermos os resultados. 

Mas infelizmente em muitos casos não é o que assistimos. 

Por essas e por outras razões é que boa parte das pequenas e médias empresas enfrentam situações delicadas de saúde econômico-financeira. 

O improviso, o impulso e a emoção realmente não são os melhores companheiros na condução da gestão de uma organização.

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